ESCOLA VOVÓ MOCINHA -

Este blog, foi impulsionado pelo curso Especialização em Gestão Escolar, oferecido pelo Programa Escola de Gestores da Educação Básica. Durante o curso fomos convidados e desafiados a criarmos um blog para divulgação do trabalho que estamos desenvolvendo na Escola de Educação Infantil Vovó Mocinha junto a comunidade escolar, colegas ou demais pessoas ligadas e a área ou interessadas em Educação.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Atividades 2013

Postado por Unknown às 16:10

Enviar por e-mail Postar no blog!Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar com o Pinterest

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Assinar: Postar comentários (Atom)

Equipe Vovó Mocinha

Parte de nossa Equipe

Gestora

Eny Valente

Coordenadora Administrativa

Alesandra

Coordenadora pedagógica

Raquel

Contate-nos

Escola Vovo Mocinha

(68) 3228 - 4544/
(68) 3228 - 6899

escolavovomocinha@hotmail.com

O que você achou do nosso blog

Arquivo do blog

▼ 2013 (5)
- ▼ abril (5)

Sou professora da Educação Básica e atuo como gestora na Escola Vovó Mocinha

Unknown

Ver meu perfil completo

A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGIO EM NOSSA ESCOLA

Introdução

Queremos compartilhar com nossos visitantes sobre como foi possível à construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico que servirá para nortear o trabalho da comunidade escolar na Escola de Educação Infantil Vovó Mocinha, pertencente à rede municipal de ensino do Município de Rio Branco, Acre.
Impulsionados pelo curso Especialização em Gestão Escolar, e a frente da gestão da escola de Educação Infantil Vovó Mocinha desde 2012, tínhamos como principal prioridade em nossa gestão a viabilização e consolidação do Projeto Político Pedagógico, documento que já vinha sendo construído desde 2009, ainda na gestão da nossa querida e ex-diretora Sônia Maria Borges Pacífico, no entanto, tínhamos um problema o documento existia, mas precisava ser melhorado e torna-se um reflexo do coletivo, leis haviam mudado, os atores envolvidos no processo escolar na sua grande maioria já não eram mais os mesmos.
Desenvolvemos um Projeto de Intervenção Pedagógico com o seguinte problema:
Como tornar o Projeto Político Pedagógico um documento
reflexo do coletivo?
Quem, por que e como viabilizar?
Que identidade a escola quer construir?
Como organizar as concepções e ações definidas pelo
coletivo?

Desenvolvemos com a ajuda da comunidade escola o
documento que será o Projeto Político Pedagógico da Escola de Educação Infantil
Vovó Mocinha pertencente à Rede Municipal de Ensino de Rio Branco, por entendermos que o mesmo, antes de ser o cumprimento de uma formalidade legal,
expressa na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 9.394/96, que determina que as escolas elaborem seus respectivos projetos, é o registro das diretrizes e práticas de ensino da Escola, situando: os
docentes e funcionários de apoio, no universo educacional escolar em que atuam; os pais, na tomada de consciência da proposta teórico-metodológica seguida pela instituição a qual confiaram à educação escolar de seus filhos; os alunos, sujeitos e objetos da ação educativa. Enfim, tem como propósito servir de referência para atuação de todos os segmentos da
comunidade escolar.

Resultados e discussão

1ª fase – Diagnóstico da Escola.

Participação Coletiva;
Quem, por que e como viabilizar?
Precisávamos pensar sobre nosso
trabalho, sobre nossas ações, desta forma a primeira fase para a elaboração do
Projeto Político Pedagógico foi mobilizar o coletivo para realizarmos um diagnostico/avaliaçãoda escola.
Avaliação deve ser entendida como um meio para aperfeiçoamento de práticas e promoção de qualidade no trabalho com as crianças, mediante, a consecução dos propósitos educativos previamente delineados pela equipe. (Indicadores da Qualidade na Educação Infantil /
Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica – Brasília: MEC/SEB, 2009,
pag.60).
Todo processo requer um articulador, no caso da construção do Projeto Político Pedagógico de nossa escola esta articulação ficou sobre minha responsabilidade (enquanto gestora), juntamente com a coordenadora pedagógica e administrativa.
De acordo com Vasconcelos (2004a),
depois de formada uma equipe articuladora, a primeira ação a ser desencadeada
junto aos sujeitos que participarão da elaboração do Projeto Político Pedagógico é a sensibilização dos mesmos de forma a reconhecerem a relevância do processo do qual participarão: “O período que precede a elaboração pede muita dedicação e cuidado, um verdadeiro trabalho de sensibilização para a necessidade de se fazer o Projeto e, em particular, ao momento da decisão de se fazer (e de como fazer)”. (VASCONCELOS, 2004a, p. 38).
Para a realização do diagnóstico da escola nos pareceu muito propicio fazê-lo a partir dos Indicadores de Qualidade
para a Educação infantil, este material chegou à escola em 2011, e não havia
sido apresentado nem discutido com a comunidade escolar, era esta a
oportunidade.
Realizar o diagnostico a partir dos
Indicadores de qualidade para a Educação, foi um grande desafio. Discutir sobre os Indicadores no âmbito escolar pareceu-nos relativamente fácil, mas não foi.
Conseguir reunir os atores envolvidos para um diagnóstico da escola é um grande desafio – pais, funcionários, professores e demais atores, tem geralmente uma jornada de trabalho exaustiva, e convidá-los para realizar uma auto avaliação não é uma tarefa fácil. Mesmo com dificuldades a realização do diagnóstico da escola foi possível por meio de reuniões que envolveram toda a comunidade escolar.
A princípio foi reunido o Conselho Escolar, para que pudéssemos apresentar os Indicadores, bem como pedir o apoio dos membros para ajudar no diagnóstico. Após reunir o Conselho, apresentamos e
discutimos “Os indicadores da qualidade da Educação Infantil” aos professores no planejamento, em seguida reunimos com os funcionários. Havendo a comunidade interna tido conhecimento dos Indicadores foi à hora de convidarmos os pais dos nossos alunos. Nesta reunião conseguimos alguns
pais. Foi explicado aos presentes que a educação infantil teve avanços significativos a partir da LDB de 1996. No entanto há muito em que avançar, principalmente no fator qualidade, por isso a necessidade imperativa de reunirmos para avaliarmos a qualidade da educação que estávamos oferecendo em
nossa escola, avaliação que serviria para sabermos que escola temos e queescola queremos.
Como o próprio nome sugere, os indicadores propõem eixos, sete exatamente, para que
a escola da educação infantil possa fazer uma avaliação no coletivo. Tais indicadores teriam o objetivo de determinar a realidade das escolas, e partindo
dessa realidade as escolas deveriam se organizar para melhorar os aspectos que consideram críticos.
Baseada nos indicadores, nossa escola realizou o diagnóstico das sete dimensões, a saber:
1.
Avaliação da Dimensão Planejamento Institucional;
2.
Avaliação da Dimensão Multiplicidade de Experiências e Linguagens;
3.
Avaliação da Dimensão Interações;
4.
Avaliação da Dimensão Promoção da Saúde;
5.
Avaliação da Dimensão Espaços, Materiais e Mobiliários;

6. Avaliação da Dimensão Formação e
Condições de Trabalho das Professoras e Demais
Profissionais;
7. Avaliação da Dimensão Cooperação e
Troca com as Famílias e Participação na Rede de Proteção Social.

A partir da avaliação da escola chegamos ao ponto central (onde queríamos chegar) – era necessária a
reelaboração do Projeto Político Pedagógico da escola com a participação de todos. Ao termino da avaliação os pais foram convidados antecipadamente para participar da segunda fase onde daríamos
continuidade a elaboração do nosso projeto, posteriormente foi enviado convide com a data e horário para discutirmos e definirmos a escola que queríamos oportunidade dos mesmos expressar suas concepções.

2ª Fase - Definição das concepções e fundamentos teóricos da Escola;
Que identidade a escola quer construir?
A viabilização do processo
Por mais significativa que seja a função do Projeto Político Pedagógico, a sua viabilização não é um caminho
fácil. Chegar a um consenso não é fácil, pois são muitas ideias e concepções.
... “escutar, ou seja, ouvir de modo qualificado todas as vozes da escola:
pais, professores, estudantes, funcionários” Cury (2001) não é uma tarefa
fácil. Já havíamos feito o diagnóstico de
nossa escola, tínhamos agora um diagnóstico completo sobre nossos acertos, e onde precisávamos melhorar. Sabíamos a escola que tínhamos, era necessário
discutir sobre a escola que queríamos. Nessa fase, era necessário definirmos
nossas concepções, nossas ações, entre outros. Neste momento utilizamos as
concepções que existiam no documento já elaborado desde 2009, o objetivo foi discuti-lo e melhorá-lo coletivamente, visando propor inovações no cotidiano escolar, antes era preciso conhecer o que cada
segmento pensava a respeito da educação, a fim de estabelecermos uma linha de
ação para o trabalho escolar.
Nesta fase reunimos professores, funcionários e pais: Primeiro suscitamos alguns questionamentos: Que tipo de sociedade
nossa escola quer? Que cidadão nossa escola deseja
formar? O que entendemos
por educação? Que escola pretendemos construir?
Como concebemos a gestão escolar? Qual é a nossa compreensão de currículo? Qual será a missão da nossa escola? Qual é a visão da nossa escola sobre avaliação? Como nossa escola encara a questão metodológica? Que tipo de relação nossa escola quer manter com a comunidade local? Que tipo de profissional tem e qual queremos? De que profissionais
precisamos? Apresentamos ao grupo os questionamentos acima, nossa intenção era registrar a opinião do grupo,
processo que pensamos seria tranquilo, porém quanto começamos os questionamentos sobre que sociedade queremos, houve opiniões muito negativas, percebemos que
pais e mesmo alguns professores não acreditam que possamos contribuir para tornar nossa sociedade melhor. Com relação a que cidadão queremos formar, esta
foi a parte mais complicada, pois neste questionamento começou a culpabilização entre professores e pais – algumas professoras calorosas em suas convicções
defendiam que a escola não é responsável pelo caráter de ninguém, que a família é quem tem que educar... Iniciou-se a velha e enfadonha ideia de culpar o
outro. Neste momento lembramos que “o coletivo da escola é feito de homens e mulheres, de crianças e jovens, cada qual com diferentes percursos de vida, com
diferentes níveis de compromisso...” Paro (2002). A fim de acalmar os ânimos fizemos uma pausa e propusemos uma dinâmica com balões. A dinâmica consistia basicamente em encher vários balões e joga-los para cima, a ideia era de que todos ajudariam a não deixa-los cair no chão. A dinâmica ajudou a descontrair o
ambiente e ajudou a “se não a entender” mais a minimizar a ideia de que a culpa é do outro, o grupo refletiu que pais e escolas devem está unidos para formar cidadãos conscientes e responsáveis. E, assim de se deu a discussão aos questionamentos, horas acaloradíssimo, hora mais tranquilo. Depois de
respondido as questões, apresentamos ao grupo as concepções contidas no
documento que já vinha sendo elaborado desde 2009, o grupo percebeu que o que havia em documento era semelhante ao que eles haviam respondido, precisava
apenas melhora-lo e torna um reflexo do que havia sido discutido no coletivo.

3ª fase – Organização do Projeto Político Pedagógico.

Como organizar as concepções e ações
definidas pelo coletivo? Discutido e definido nossas concepções coletivamente,
a equipe executora teve a responsabilidade de melhorar teoricamente o documento
que já existia na escola e que pretendemos tornar nosso Projeto Político Pedagógico.

Para esta etapa contamos com a ajuda da
bem como da digitadora da
escola, que organizou da melhor maneira possível o documento que iremos utilizarmos como o norteador do nosso trabalho educativo na Escola Municipal de
Educação Infantil Vovó Mocinha.
Nosso projeto como já mencionado anteriormente vinha sendo elaborado desde 2009, foi reelaborado, fizemos a
atualização das leis que davam sustentabilidade teórica ao projeto, além disso,
foi feito pela coordenadora administrativa com ajuda dos funcionários de apoio um levantamento detalhado e atualizado das matérias existente na escola, nossa
metodologia, rotina, concepções, projetos desenvolvidos durante o ano escolar,
além das funções de cada segmento, destacando direitos e deveres, foram organizados e explicitados.
A organização deste material é um reflexo de um trabalho coletivo e servirá como suporte para toda a açãoeducativa realizada na Escola de Educação Infantil Vovó Mocinha.

4ª fase - Avaliação E Consolidação Do Projeto Político Pedagógico da
Escola

A avaliação é importante em todas as
etapas de construção do Projeto Político-Pedagógico, pois, por meio da análise de onde estamos e aonde queremos chegar, não desviaremos o foco de nosso
objetivo. Termina a elaboração teórica do Projeto
Político-Pedagógico, era preciso analisarmos novamente com o coletivo se o que
havia sido organizado representava as ideologias, e concepções do coletivo da escola, tendo em vista que o Projeto Político-Pedagógico é um documento que deve refletir a escola e sua realidade. Assim
terminado o diagnostico da escola, e a definição das concepções, e a elaboração do documento, foi reunido novamente professores funcionários e posteriormente pais para a avaliação e consolidação do Projeto. Foi apresentado o projeto já elaborado, e durante a exposição foram feitos os seguintes questionamentos: Em que medida
os desafios foram atendido no Projeto Pedagógico?
A partir da apresentação do documento elaborado à comunidade escolar foi possível semear e suscitar em quase todos, à vontade e o desejo de tornar o projeto uma realidade no cotidiano escolar, necessitando agora ser aprovado pelo Conselho Municipal de Educação.

Conclusão

Por meio do que foi aqui relatado,
percebemos que a construção do Projeto Político-Pedagógico não é uma ação simples, implica diversos enfrentamentos pessoais e coletivos, sendo
fundamental para o sucesso do processo uma equipe articuladora forte e embasada teoricamente, mas que não se considere detentora/dono do saber. Realizar este projeto de intervenção pedagógica nos permitiu a mobilização e participação do coletivo, no intuito de
realizarmos um diagnostico da escola refletimos e definimos nossas concepções, bem como tornamos tais concepções consolidadas.
Com o projeto de intervenção escolar, contribuímos para tornar realidade à elaboração do Projeto Politico Pedagógico no coletivo, conseguimos em nossa gestão mobilizar o coletivo e consolidar o documento que como já mencionado anteriormente já vinha sendo construído desde 2009, o mesmo será o registro das diretrizes e práticas de ensino da Escola Vovó Mocinha, situando: os docentes e funcionários de apoio, no universo
educacional escolar em que atuam; os pais, na tomada de consciência da proposta
teórico-metodológica seguida pela instituição a qual confiaram à educação escolar de seus filhos; os alunos, sujeitos e objetos da ação educativa. Enfim, o projeto de intervenção conseguiu fomentar e tornar possível a concretização do documento que servirá de referência para atuação de todos os segmentos da comunidade escolar.
A construção do Projeto Político-Pedagógico foi uma oportunidade de reconhecimento da nossa identidade
e de refletirmos sobre as mudanças da prática pedagógica.

Referencia
Bibliográficas

BRASIL.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Disponível em: < http://
DAVIS,
Cláudia. et al. Gestão da Escola: desafios a enfrentar. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002.
Brasil.
Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências.
http://moodle3.mec.gov.br/ufac/file.php/1/gestores/vivencial/pdf/trabalhogestorescolar.pdf

Indicadores da Qualidade na Educação Infantil /
Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica – Brasília: MEC/SEB, 2009.

Lei Nº 1.888 Que Trata Da Gestão Democrática Do
Ensino Municipal e dá Outras Providências/ Rio Branco –Acre, 30 De Dezembro De 2011.

PARO, Vitor. Administração escolar: introdução
crítica. São Paulo: Cortez, 2002.
RIO
BRANCO (Município). Resolução CME/RB Nº. 02/09, Estabelece normas para
aprovação do Projeto Pedagógico das
Instituições de Educação Infantil, do Município de Rio Branco, AC.
VASCONCELOS,
Celso do Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto
político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertad, 2004a.
VEIGA,
Ilma Passos A. (Org). Projeto político-pedagógico: uma construção possível. 17.
ed. Campinas: Papirus, 2004
www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>.
Acesso em: 25 out. 2005.

Tema Janela de imagem. Tecnologia do Blogger.